Bem estruturada, migração para IP permite flexibilidade e produção distribuída

As apresentações da sala “Contribuição Audiovisual e Infraestrutura” tiveram início com um debate técnico sobre “IP – Atualização das Normas/Controle e Monitoração de Rede”, com José Antônio Garcia como moderador. Garcia é coordenador do grupo de IP da SET. Um dos desafios dessa área é lidar com a quantidade cada vez maior de dados diferentes em um só canal (som, imagem, etc.) seja ele físico ou wireless. Para isso, órgãos como o SMPTE (Sociedade de Engenheiros de Cinema e Televisão – Estados Unidos) têm trabalhado para criar padrões de operação que possam “conversar” entre si, e facilitar essa tarefa.

 

Thomas Mason, diretor de Desenvolvimento de Padrões da entidade comentou algumas das vantagens do IP. “A produção de TV baseada em IP permite workflows mais ágeis e flexíveis e a divisão de recursos. Para isso existem hardwares que são considerados commodities”. Mas para chegar lá, é preciso uma migração bem sucedida.

 

“No que diz respeito à orquestração e gerenciamento de mídia datacenter, surgem novas demandas, novos modelos de negócio e os custos são elevados. Como resultado, algumas tecnologias não têm o tempo de maturar e já são substituídas”, comenta Fábio Acquati, diretor de Tecnologia da NGN Telecom. Durante a sua fala, Acquati explicou que a mídia sobre IP abre algumas novas possibilidades de fluxo de trabalho, por exemplo, com operação mais eficiente e velocidade para o negócio. Com o conceito de mídia datacenter, não importa onde o estúdio está, o que permite produção distribuída em diversos locais. “Quando pensarem em migrar da estrutura atual para o IP, pensem em como controlar e orquestrar tudo isso. E a essência para essa orquestração funciona em três níveis: precisamos olhar para monitoração e controle disso tudo; detecção e configuração de recursos de infraestrutura e, por último, orquestração dinâmica dos recursos e serviços de mídia”.

 

Participaram ainda Tony Zare, gerente de Produto da LAWO e Eliésio Silva Júnior, gerente de Vendas da SEAL Broadcast and Content.