Plenária tratou do futuro e expectativas sobre as novas tecnologias da TV ao vivo

O painel Produção ao vivo IP: status, evolução e melhores práticas tratou de formas como a engenharia de televisão pode traçar um caminho de transição entre o atual modelo de tecnologia SDI em direção ao fluxo totalmente em IP. A mesa comandada por José Antônio de Souza Garcia, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação / SET), também falou sobre as ofertas atuais, suas melhores práticas e os próximos passos para um futuro 100% IP.

 

Matthew Goldman, vice-presidente sênior de tecnologia, TV e mídia da Ericssonmembro sênior do IEEE e membro da Academia de Pioneiros de Televisão Digital, falou da migração da TV analógica para o padrão 100% IP, das interfaces específicas da indústria e infraestrutura de IT. “A tecnologia precisa comportar e atender eventos ao vivo, por exemplo,” disse. Segundo ele, as transformações de TI específicas para transmissões de TV trazem benefícios para os negócios, graças, entre outros motivos, a uma entrega de conteúdo mais dinâmica e menos custosa, com operações simplificadas.

 

O arquiteto de soluções da Imagine Communications, Boris Kauffmann, deu explicações técnicas sobre o IP. “O SDI é o presente, mas temos que nos mover em direção ao futuro”, disse. “Ele funciona bem, todo mundo adora, mas o SDI tem desafios que não consegue enfrentar. Não dá para esperar dar problemas no horário nobre para ter que justificar as falhas do equipamento. É importante se antecipar a eles”, completou.

 

Robert Erickson, que atua como evangelista da tecnologia IP na GrassValley, começou sua fala dizendo que novas tecnologias criam fluxos de trabalho mais eficientes, ou pelo menos elas se propõem a isso. “Os hardwares têm de suportar múltiplos padrões de vídeo e tecnologias de compressão. Hoje, as empresas de tecnologia e de audiovisual se preocupam com interação humana, percepção de latência e fatores humanos em geral”, afirmou. Ele ressaltou que “o treinamento em engenharia hoje é mais importante que nunca, devendo unir conhecimento de SDI e de IP, com foco em topologia, troca de configuração e controles de fluxo, além do padrão já esperado”.

 

Já o presidente da Media and Content-Dynamics, Antonio Leonel da Luz, encerrou a discussão com gráficos e sistematizações que demonstram a topologia e complexidade dos sistemas de transmissão.