Plenária tratou de ultra-alta definição e tecnologia no cinema

Almir Almas, professor doutor da Universidade de São Paulo e vice-diretor de cinema da SET, foi o mediador da mesa Ultra-alta definição e superultra alta definição em produções audiovisuais. Ele introduziu o tema falando de inovações e tecnologias disruptivas que apontam para transformações em curso e que abarcam produções audiovisuais em múltiplas telas e janelas.

 

José Francisco Neto, sócio-fundador e supervisor de pós-produção da DOT Cinema, participou do painel falando da pós-produção e de aspectos que impactam o dia a dia de profissionais do audiovisual. “Nas emissoras há a expectativa da chegada do 4K, ambiente totalmente digital que a gente já vive no cinema”, contou. “Os objetivos da pós-produção, em 2K ou 4K, mas totalmente digital, é planejar tarefas, controlar os processos, assegurar a qualidade máxima, senão o investimento não vale a pena, e aumentar a compatibilidade e longevidade do produto – um material captado em 2K não tem longevidade para exibição no longo prazo, por exemplo.”

 

Representando a O2 filmes, o supervisor de pós-produção Luis Ignacio Barrague tratou de aspectos técnicos a respeito do uso do ultra-alta definição na produção e sobre o emprego disso em trabalhos da O2. Também falando de produção de filmes e trabalhos para a TV, Claudio José Lima Peralta, supervisor de efeitos visuais na Conspiração Filmes, afirmou que “em trabalhos que exigem uma qualidade maior, em séries para TV, cinema, já se está trabalhando com câmeras que proporcionam uma captação em 4K”.

 

Já Luiz Gonzaga Assis De Luca, presidente da rede Cinépolis, versou a respeito do mercado exibidor brasileiro com relação às tecnologias das salas de cinema e como elas impactam o público espectador. “A questão tecnológica do cinema, acredito, vai crescer, principalmente com a questão do 4K, até porque uma câmera 2K e outra 4K tem quase o mesmo valor. E também por conta do tamanho das telas.” Para ele, vai ser difícil haver grandes mudanças tecnológicas no cinema, pois é um setor tradicionalmente conservador, além do fato dos investimentos em tecnologia serem muito altos e terem retorno demorado para o investidor.