As incertezas que a tecnologia trouxe ao mercado de broadcasting e suas perspectivas são tema de painel do SET EXPO

“O mundo digital tem que ser acessível, fácil”, disse Daniela Souza, SVP da AD Digital na abertura do painel Mercado de broadcasting: a incerteza frente ao mundo digital. “A Nestlé montou uma fábrica de conteúdo no Brasil, que pode vir a servir de modelo para outras unidades no mundo. Aí a gente se pergunta: essas marcas querem virar publishers?”

 

A mesa moderada por Paulo Canno, diretor de tecnologia da Gazeta do ES/SET, e Luana Carolina Bravo, do comitê de ensino da SET, tratou, entre outros assuntos, de como atrair mais os jovens para a TV, como gerar conteúdo interessante, que tipo de produtos a televisão pode oferecer e a respeito da multiplataforma: seria essa a solução para a TV aberta?

 

Rodrigo Navarro Marti, diretor de multiplataforma do SBT, reforçou que “as pessoas têm interesse em conteúdo de qualidade e que isso não é barato”. Marti falou da produção de branded content do SBT, além da disponibilização gratuita dos vídeos da rede na internet.

 

Já o Akihiko Chigono, diretor-executivo e chefe de engenharia da NHK, mostrou dados do Japão, que repete a tendência mundial, de aumento do uso de smartphones substituindo as TVs, principalmente entre os mais jovens. “A NHK está aumentando o meio de transmissão em 4K e 8K, além de se preocupar com a qualidade do conteúdo. A Olimpíada do Rio, por exemplo, foi essencial para nossos testes em 4K/8K.” No SET EXPO, o Pavilhão Japonês demonstra como a tecnologia 8K funciona naquele país. “No ano que vem, vamos iniciar a transmissão em 8K no Japão e queremos usá-la plenamente na Olimpíada de Tóquio”, afirmou. Essa tecnologia permite a transmissão em monitores muito maiores. As imagens em alta-resolução podem ser utilizadas em áreas como a medicina.

 

Rodrigo Neves, conselheiro e ex-presidente da AESP (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado São Paulo) e diretor-geral da Band em Campinas,relatou que “embora as mídias sociais façam muito barulho, o dinheiro que elas geram ainda é pouco”.